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Consórcio de imóveis ressurge como opção de financiamento imobiliário

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Com regras específicas e opções diferenciadas, essa modalidade oferece algumas vantagens na hora de escolher a forma de adquirir um imóvel

Uma modalidade de aquisição de imóveis que está voltando com força no mercado é o consórcio, que envolve uma relação diferente entre compradores e vendedores, além de estabelecer regras diferenciadas na definição do financiamento.

Para os especialistas no mercado imobiliário, o consórcio imobiliário é uma alternativa interessante porque oferece ao investidor a possibilidade de fugir dos juros do financiamento tradicional. 

 
Em alguns casos, dependendo do fundo de investimentos que estiver atrelado, há a possibilidade de alta alavancagem - ou seja, em pouco tempo, é possível obter o valor total do imóvel tendo pagado poucas parcelas.  

Os participantes de um grupo de consórcio pagam parcelas periódicas e remuneram juntos um mesmo fundo. Dessa forma, cada pessoa adquire uma parte de um imóvel, mas o modelo garante que mês a mês haja pessoas que vão desfrutar da casa de imediato.
 
Um exemplo prático: dois vizinhos construindo suas casas ao mesmo tempo. Na primeira semana, constroem a sala; na segunda, o banheiro; na terceira, a cozinha; e assim por diante. A questão é: e se ambos construíssem juntos uma casa por vez? Uma delas estaria disponível na metade do tempo.

Como já foi mencionado, na maioria dos consórcios não há a inclusão da cobrança de juros. Como as pessoas subsidiam entre si os imóveis, não há uma instituição financeira que precise emprestar recurso para a compra de terrenos, casas ou apartamentos.

Geralmente há uma taxa cobrada pela administradora do consórcio, regra que é estabelecida previamente no contrato.  

Outro benefício é que não é necessário dar entrada. Por isso, o valor que seria destinado para iniciar um financiamento pode ser direcionado em lances. 
 
Na maior parte dos casos, a administradora do consórcio sorteia um imóvel entre os participantes de um grupo e disponibiliza uma segunda contemplação para quem der o maior aporte. Funciona como uma espécie de leilão.

O participante contemplado ganha uma carta de crédito e tem liberdade, portanto, para empregá-la em qualquer tipo de transação imobiliária.  

 Como o consórcio é uma modalidade diferenciada, algumas situações precisam ser consideradas. É importante estudar os tipos de investimento imobiliário disponíveis. Avalie se o consórcio é mesmo a melhor opção para seu perfil de investidor.
 
É bom também procurar informações sobre a empresa que irá administrar o consórcio. Uma boa gestão garante a vitalidade do processo e diminui os riscos do negócio.
 
Como pode levar anos até seu imóvel ser contemplado, é preciso ter paciência para entrar neste tipo de negócio. Não se trata de um risco, mas de ter clara na mente como funciona essa modalidade.
 
Especialistas sugerem que os interessados em adquirir cotas de consócio organizem-se para dar lances nas reuniões mensais do grupo. Observe que o contrato é reajustado anualmente pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC).  
 
Leia o contrato atentamente. Examine os termos e as condições descritos. E, se julgar oportuno, consulte um advogado ou um especialista em negócios imobiliários.
 
* Fontes: Portal Loft, Secovi-SP, EInvestidor Estadão, Folha de S. Paulo