A orientação dos especialistas neste momento é a seguinte: são boas as oportunidades no momento para investir no setor imobiliário
A animação é tanta que a orientação dos especialistas neste momento é a seguinte: quem procura investir no setor imobiliário em 2023 encontra nesse mercado nível de risco praticamente nulo, pois é um investimento em patrimônio sólido.
Todos estes benefícios – segurança, durabilidade, rentabilidade e valorização estão aliados à liquidez, já que o dinheiro aplicado em um imóvel retorna ao investidor: tanto em aluguéis, como na venda.
Alguns analistas já vinham apontando a a melhora nas condições do mercado imobiliário a partir do último trimestre de 2022, impulsionadas principalmente pela demanda em alta, resultado da recuperação da renda e aumento da taxa de ocupação. Essa foi a análise do Radar Abrainc-Fipe, que mede as percepções do mercado, e registrou a melhor pontuação desde março de 2015.
O estudo indicou que as perspectivas para 2023 são positivas, apesar da taxa de juros em patamares elevados continuar sendo um fator que afeta negativamente as concessões, condições e atratividade do financiamento. E, ao que tudo indica, as tendências estão se confirmando.
No campo positivo, o levantamento destaca, além dos fatores relativos à demanda, o ambiente setorial, com elevação real dos preços dos imóveis residenciais, e o ambiente macro, com aumento da atividade econômica e da confiança no país.
O sentimento de otimismo também foi captado por levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
Em relação ao tipo de imóvel comprado versus o desejado, 47% pretendem comprar apartamento, porém, 38% realizam efetivamente.
Segundo o levantamento, o motivo de compra do imóvel passou a uso próprio para 75% dos entrevistados e 25% como investimento. Além disso, 31% dos entrevistados desejam adquirir um novo imóvel, enquanto outros 4% já iniciaram as visitas a imóveis e stands de vendas, e 7% estão realizando buscas pela internet. Outros 20% estão somente com a ideia e não começaram a procurar.
Para Marcos Saceanu, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), o otimismo em relação a 2023 também está relacionado a um início de ano com cenário mais estável em comparação a janeiro de 2022.
“Neste começo de 2023 temos um cenário em que a guerra já precificou as relações na Europa, as pressões inflacionárias estão bem mais calmas, não tem eleições. e apontam para uma trajetória descendente”, afirma.
A melhora do cenário macroeconômico é importante porque gera maior confiança no futuro, um fator fundamental para decisões de longo prazo, como a compra de um imóvel, cujo financiamento pode levar até 35 anos.
Segundo Saceanu, esse movimento de revisão do jeito de morar que se iniciou com a pandemia ainda não se esgotou, e continuará tendo reflexos em 2023.
“Isso gerou uma reflexão familiar que pode levar a uma decisão de compra mais à frente, até porque pode ser que as pessoas não estivessem preparadas para comprar um imóvel antes, mas estejam agora. A questão do desemprego, por exemplo, é importante, e é um fator que adia a decisão de compra”, justifica.
Outro ponto favorável deste ano, segundo o presidente da Ademi-RJ, é a “safra de projetos”, o que também pode acelerar decisões.